Ele pousou o livro na mesa com a capa voltada para baixo, mas estrategicamente colocado para poder ser facilmente detectado por quem passasse: a lombada estava bem exposta, virada para fora e a fotografia do escritor na contracapa era ainda mais forte que a própria capa. Talvez assim as pessoas o considerassem um leitor, sim, um leitor de livros... romances, novelas, contos, poesia, ensaios...
Bom, na verdade ele nunca lera um livro do princípio ao fim. Quanto muito, lia as «gordas» dos jornais desportivos ou das publicações mais sensacionalistas e por acaso até tinha algumas dificuldades em acompanhar as legendas na televisão!
Mas, embora não fosse muito assíduo nas leituras, ele passeava-se frequentemente com livros... Comprava-os! Transportava-os de um lado para o outro! Metia os livros debaixo do braço quando se deslocava. Frequentava livrarias, serpenteava entre os escaparates repletos de livros, olhava para os títulos por cima dos óculos com um ar «entendedor». Manuseava os livros como um pasteleiro manuseia a massa dos bolos... o que não quer dizer que se fosse pasteleiro não os deixasse queimar - aos bolos!
Bom, não se assustem, este «ele» não sou eu! Isto foi só um exercício literário! Gosto demasiado de livros para ter com eles uma simples relação exibicional! Para mim os livros são como as cerejas (e se eu gosto de cerejas!): quantos mais leio mais quero ler! Vem isto a propósito da Comunidade de Leituras onde estive hoje, na biblioteca cá do burgo: oportunidade para rever amigos, falar de livros, de autores, divagar sobre temas vários e agendar as próximas sessões. Em tarde de chuva de manga curta (é assim que eu chamo à chuva de princípio de Outono), sabem de alguma melhor para se fazer?
Bom, na verdade ele nunca lera um livro do princípio ao fim. Quanto muito, lia as «gordas» dos jornais desportivos ou das publicações mais sensacionalistas e por acaso até tinha algumas dificuldades em acompanhar as legendas na televisão!
Mas, embora não fosse muito assíduo nas leituras, ele passeava-se frequentemente com livros... Comprava-os! Transportava-os de um lado para o outro! Metia os livros debaixo do braço quando se deslocava. Frequentava livrarias, serpenteava entre os escaparates repletos de livros, olhava para os títulos por cima dos óculos com um ar «entendedor». Manuseava os livros como um pasteleiro manuseia a massa dos bolos... o que não quer dizer que se fosse pasteleiro não os deixasse queimar - aos bolos!
Bom, não se assustem, este «ele» não sou eu! Isto foi só um exercício literário! Gosto demasiado de livros para ter com eles uma simples relação exibicional! Para mim os livros são como as cerejas (e se eu gosto de cerejas!): quantos mais leio mais quero ler! Vem isto a propósito da Comunidade de Leituras onde estive hoje, na biblioteca cá do burgo: oportunidade para rever amigos, falar de livros, de autores, divagar sobre temas vários e agendar as próximas sessões. Em tarde de chuva de manga curta (é assim que eu chamo à chuva de princípio de Outono), sabem de alguma melhor para se fazer?